domingo, 24 de novembro de 2013

As entidades cobram do poder público a implantação de infraestrutura adequada, para o tratamento dos dependentes químicos, na capital e no interior do Estado.


OAB COBRA EXECUÇÃO DE POLÍTICAS PARA TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE DROGAS.
O foco dos debates girou em torno do fortalecimento das ações voltadas para a área de prevenção, controle e combate ao uso de álcool e outras drogas.
Representantes da sociedade civil organizada e de instituições públicas participaram de debates, na tarde desta quinta-feira (20), em audiência pública promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB/AM), na sede da entidade.
O foco dos debates girou em torno do fortalecimento das ações voltadas para a área de prevenção, controle e combate ao uso de álcool e outras drogas. As entidades cobram do poder público a implantação de infraestrutura adequada, para o tratamento dos dependentes químicos, na capital e no interior do Estado.
O evento foi conduzido pela Comissão Permanente para Prevenção, Capacitação e Controle do Álcool e outras Drogas da OAB/AM, instituída recentemente pelo presidente da OAB/AM, Alberto Simonetti Neto, com o objetivo de incentivar a criação de mecanismos de prevenção, promover a capacitação técnica de profissionais em parceria com outras instituições, além de fiscalizar a atuação de órgãos de saúde pública quanto ao atendimento da população de dependentes e infraestrutura disponível para tratamento dessas patologias. A comissão é composta por advogados e conta com o apoio de profissionais de saúde, especialistas na área, dentre outros parceiros.
A presidente da Comissão, Alice Sobral, destacou que a OAB está empenhada em fiscalizar a execução das ações públicas, voltadas para a área e que devem ser orientadas pela Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas.
Segundo ela, o grupo de trabalho também está voltado para a tarefa de conscientizar a população sobre os males que causam prejuízos à saúde pública e ao bem-estar social.
Uma das necessidades apontadas pelas instituições para que seja obtido avanço na atenção dispensada à saúde de usuários de álcool e outras drogas no Amazonas é a implantação de Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPs AD), de responsabilidade dos municípios.
O funcionamento dos CPAs é estabelecido pela portaria nº 336, do Ministério da Saúde, de 19 de fevereiro de 2002. Outra portaria ministerial assegura, também, recursos financeiros aos municípios para instalação dessa infraestrutura.  
O mobilizador da Associação Brasileira de Redutores de Danos (Aborda), Aluísio Campos, aponta que até o início da reforma antimanicomial, há 12 anos, os usuários de álcool e outras drogas eram atendidos na mesma estrutura de saúde voltada a doentes mentais.
“Hoje, ainda não há infraestrutura disponível, para tratar essa população de forma adequada”, frisa.
Segundo ele, os serviços disponíveis destinados ao tratamento e recuperação de dependentes químicos são mantidos por organizações não governamentais, a maioria de caráter religioso.
A presidente da Associação de Redução de Danos do Amazonas, Evalcilene dos Santos, afirma que a entidade sem fins lucrativos atende atualmente cerca de mil dependentes químicos, que são usuários de álcool e drogas como maconha, cocaína e crack.
A Associação conta com o trabalho de uma equipe de voluntários, incluindo profissionais de saúde como psicólogos, enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem, dentre outros, além de assistentes sociais, entre outros que atuam diretamente nas comunidades da capital e no município de Iranduba, fazendo o atendimento e acompanhamento terapêutico das pessoas.
A assessora jurídica da Secretaria Executiva de Políticas Públicas para Mulheres, Michelle Custódio, frisa que o órgão está envolvido nas ações propostas pela Comissão da OAB, com o objetivo de fortalecer as atividades do Estado no enfrentamento da violência contra a mulher, gerada pelo uso de álcool e outras drogas.
“Mais da metade dos casos de violência contra a mulher está relacionado ao consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias lícitas e ilícitas. Nossa meta é integrar e fortalecer essa rede de instituições, a fim de enfrentar o problema, com medidas preventivas e de resolução”, ressaltou.
Alice Sobral anuncia que o passo seguinte da equipe de trabalho da OAB é a formalização das parcerias institucionais e a fiscalização em campo, das ações desenvolvidas pelo poder público, atualmente.
A OAB irá propor, também, um pré-projeto de lei que estabelece normas para o tratamento da Síndrome Alcoólica Fetal, no âmbito estadual. Participaram da audiência representantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Polícia Militar do Amazonas, Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), Ministério Público Estadual, dentre outras organizações. 

 Com informações de assessoria .  portal@d24am.com

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