quarta-feira, 17 de julho de 2013

 



Programa do governo de combate ao crack está longe de cumprir metas.

Bom dia Brasil

Já foi investido R$ 1,5 bilhão no programa, que foi lançado em 2011. Valor representa menos da metade dos R$ 4 bilhões anunciados.
No Brasil, um ano e meio depois de o Governo Federal lançar um programa de combate ao crack, menos da metade dos R$ 4 bilhões anunciados foram investidos.
Uma reportagem do Bom Dia Brasil exibida há dois anos flagrou uma cracolândia em pleno Centro da capital federal. Também foi mostrado o consumo de crack na cidade de Ceilândia, a poucos quilômetros de Brasília. Dependentes da droga viviam em bueiros. Pessoas perderam tudo, pais que abandonaram as famílias por causa da droga, tamanha era a destruição provocada pelo crack.
Lançado em 2011, o programa do governo para combater o consumo de crack no país está longe de atingir as metas estabelecidas. Estão em uso menos de 25% dos leitos previsto no plano.
Qual região do país tem a maior quantidade de usuários de crack? Qual o perfil dessas pessoas? Um ano e meio depois do lançamento do programa, o governo ainda não tem um mapa das cracolândias. Uma pesquisa foi encomendada pelo Ministério da Justiça, mas ainda não foi apresentada.
As metas do programa de combate ao crack não chegaram nem perto do idealizado. Centros de atenção ao usuário para funcionamento 24 horas, até agora existem 34 pelo plano, e devem chegar a 175 até 2014. Leitos especializados são 57, mas a meta são 2.462. Consultórios de rua são 84 pelo plano, e devem ser 308.
Investimento feito até agora: R$ 1,5 bilhão. Não chega nem à metade do previsto, que são R$ 4 bilhões até 2014. Dinheiro que deve ser aplicado para atendimento e prevenção do uso do crack e policiamento. Os recursos são da união, mas segundo o Governo Federal, a adesão de estados e municípios é voluntária.
De acordo com o governo, 17 estados e o Distrito Federal aderiram ao programa e receberam dinheiro para investimentos. O governo admite que o ritmo das ações é lento. “Nós precisamos de unidades em funcionamento, servidores treinados, isto tudo demanda tempo. Seja em razão daquilo que impõe a lei, seja em razão também das tratativas com estados e municípios. Nós estamos correndo para que isso tudo se instale o mais rapidamente possível”, declara o secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano.
O programa também prevê a capacitação de 210 mil professores e 3.300 policiais militares para prevenção do uso de drogas em 42 mil escolas do país.

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