terça-feira, 16 de abril de 2013

 


Elas estão bebendo demais.

João Loes e Monique Oliveira

São jovens, mulheres e estão ficando dependentes. Neste grupo, o consumo excessivo de álcool cresceu 36%. Um drama que ainda permanece sem a devida atenção.

Hoje a mulher tem uma vida social intensa. E, em algumas situações, bebe mais que os homens
Juliana Silva começou a beber aos 16 anos. Solitária, a paulistana encontrou na pinga com refrigerante o alento que buscava. Em menos de um ano, porém, a mesma bebida que parecia lhe trazer conforto se transformou em vício. Juliana virou alcoólatra. Não era incomum que chegasse em casa às quatro horas da manhã sem se lembrar do que tinha feito na noite anterior. Foram oito anos de bebedeira até procurar ajuda. Hoje, com 26 anos, depois de dois anos de tratamento intensivo no Alcoólicos Anônimos, ela se sente curada. “Mas o cuidado com a bebida vai ser para sempre”, afirma. A história de Juliana é um exemplo doloroso do crescimento do alcoolismo entre as mulheres, um drama que cresce sem freio, mas que continua sem receber o cuidado devido no Brasil.

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