terça-feira, 9 de abril de 2013

 
 
A educação e as drogas.
As drogas são problemas que integram praticamente todas as sociedades contemporâneas, resultado negativo de alguma desordem social, econômica e educacional. Social, pois desestrutura a família e econômico por gerar diversos custos para o governo que na, maioria das vezes, mantém o tratamento.
E educacional para aumentar a capacidade de entendimento sobre maneiras de conseguir prazer, relaxamento, lazer, convivência em grupo e conhecimento dos limites da mente e do corpo humano.
As drogas também financiam a violência e o crime. Grande parte dos usuários é jovem, muitos começam a usar na escola e em idade cada vez mais prematura. Notícias constantemente publicadas pelo BOM DIA mostram menores traficando e são, infelizmente, mais comuns do que a sociedade gostaria.
Por isso tudo soluções precisam ser pensadas. Uma das bases para o não ingresso dos jovens neste mundo quase sempre sem volta está na família e na escola. A primeira deve dialogar, conhecer as amizades, esclarecer sobre o perigo das drogas e ensinar valores humanos e a valorização da saúde e da vida. A segunda deve promover palestras, depoimentos, visitas de policiais, médicos, entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos no processo de prevenção das drogas e tratamentos.
No entanto, quem mais tem contato com o aluno são os professores. Desse modo cabe a ele sempre que possível abrir momentos para discussões acerca do assunto. O tema não é de incumbência somente de determinadas disciplinas, mais sim de todas. O professor desenvolve um grande poder de influência, além de ser um formador de opinião e é justamente nesse contexto que insere o seu papel.
Diante desse fator o educador pode implantar atividades vinculadas ao tema. Muitos professores e também grande parte das direções pensam ou indagam sobre o conteúdo programático e o tempo gasto para concluí-los e que as pausas para as discussões sobre o tema podem prejudicar, esquecem que a palavra “educação” é bem mais abrangente, trata-se da formação do indivíduo como um todo de maneira que possa integrar a sociedade pronto para a vida. Se a função da escola é educar, por que não ensinar as nossas crianças, adolescentes e jovens sobre o risco que correm no uso de drogas?
Em suma, o problema é bastante complexo e requer a participação efetiva dos pais e dos professores com respaldo dos donos de escola, no caso particular, e do poder público nas instituições públicas, uma coisa é certa, a base para o problema pode estar na educação.
Quem sabe “drogas” não possa virar uma disciplina a ser estudada e conhecida, como matemática ou ciências e saúde e com essa capacidade de informar – fazendo isso bem, com professores bem preparados e remunerados e ótimos estabelecimentos de ensino, não se possa começar a mudar a triste realidade.
Fonte: Jornal Diário de S. Paulo

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