terça-feira, 31 de julho de 2012



O drama do alcoolismo cresce entre as mulheres.
Folha de Notícias
 A síndrome da dependência do álcool é uma doença caracterizada por compulsão, perda de controle e dependência física.
 O número de mulheres dependentes do álcool aumentou nas últimas décadas, conforme indica o “Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira”. A pesquisa investigou em detalhes como o brasileiro bebe e mostrou que, em duas décadas, a proporção de mulheres entre a população alcoólatra passou de 10% para 30%.

De acordo com a pesquisa, 23% dos brasileiros (homens e mulheres) bebem frequentemente e pesado.

Entre as mulheres, 17% bebem mais de quatro doses - considerado abusivo - e 63%, menos de duas. A pesquisa, feita pelo Conselho Nacional Antidrogas, em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas e a Universidade Federal de São Paulo, revelou também que 12% da população têm algum problema com o álcool.

A independência feminina seria a maior razão desse aumento no número de mulheres alcoólatras. Foi um processo similar com o cigarro. Com o decorrer dos anos, as mulheres buscaram várias formas de se autoafirmar perante a sociedade. Antes era o cigarro, agora é o álcool.

Não é possível estabelecer um padrão, de quando e porque a mulher começa a beber.

Estudos dizem que a maior parte das mulheres bebe como forma de se livrar dos sintomas da depressão inicial. Por outro lado, existe a tese que algumas fazem isso como forma melhorar o relacionamento com amigos. Mas, sem dúvida, a influência dos pais é fundamental neste processo. Cerca de 50% dos pais de jovens dependentes também bebem.

O alcoolismo é uma doença que afeta não apenas o paciente, mas toda a família, por meio da codependência.

Nem toda mulher sabe que está consumindo em excesso. E aí mora o perigo de ser alcoólatra e nem saber.

A síndrome da dependência do álcool é uma doença caracterizada por compulsão (necessidade forte e desejo incontrolável de beber), perda de controle (inabilidade de parar de beber uma vez que já começou) e dependência física (com sintomas de abstinência como náusea, suor, tremores e ansiedade).

Esses sintomas são aliviados com a ingestão da bebida ou outra droga sedativa. Quando a tolerância ao álcool diminui e a necessidade de beber fica cada vez maior para se sentir alto, é preciso atenção. Não são necessários todos os elementos para caracterizar a doença. Mas se a pessoa já se deparou com esses sintomas, é hora de procurar ajuda.

Existem várias formas de tratamento, que começam com o apoio familiar e passam por acompanhamento psicológico em grupo ou individual, acompanhamento psiquiátrico e, em último caso, internação.

Procurar um profissional qualificado de imediato pode ser essencial para a pronta recuperação da paciente. Mas sempre se deve ter em mente que o alcoolismo não tem cura. Isso significa que o dependente, nesse caso, sempre está sujeito à recaídas. Por isso, continuar bebendo socialmente pode ser uma grande armadilha.

A drunkorexia (anorexia com bebida alcoólica) também é grande entre as mulheres. Elas deixam de se alimentar para beber.
Além de causas estéticas, essa doença é impulsionada por cobranças do mercado, angústias e compulsões profissionais. Buscando manter um corpo dentro do padrão exigido, algumas pessoas restringem o consumo necessário de nutrientes para o organismo e descontam seus anseios na bebida.

Quem bebe compulsivamente tenta se livrar da depressão, buscando momento de prazer, seguindo a mesma lógica das drogas em geral. Quer fugir da realidade. Ou então, vê-la pelo fundo da garrafa.



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