domingo, 8 de junho de 2014

NOTA DE ESCLARECIMENTO E ALERTA À POPULAÇÃO


NOTA DE ESCLARECIMENTO E ALERTA À POPULAÇÃO

O Conselho Federal de Medicina, através de seu Plenário, reunido em sessão
ordinária entre 04 e 06 de junho de 2014 vem a público

ESCLARECER QUE:

1 – Desde sua criação há 57 anos, esta autarquia federal se posicionou sempre ao lado
das causas que defendam a saúde do povo brasileiro;
2 – Dentre tais causas está o apoio à construção de leis e campanhas de combate ao
tabagismo e abuso de bebidas alcoólicas por entender que seu uso sem restrições é
nocivo à saúde;
3 – Tem se aliado às entidades e grupos que trabalham para banir da mídia as
propagandas de bebidas alcoólicas por entendê-las nocivas à saúde pública e
incentivadoras, entre crianças e jovens, à formação de consumidores e futuros
dependentes;

ALERTAR QUE:

4 – Não se deve confundir o uso médico de “canabinoides” (isolados, titulados e
pesquisados para uso medicinal) com o produto in natura para uso fumado ou
ingerido por não ter valores científico ou terapêutico;
5 – Defende a pesquisa com quaisquer substâncias ou procedimentos para combater
doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo sistema CEP/CONEP e
aplicados em centros acadêmicos de pesquisa;
6 – Cabe à ANVISA, como representante da autoridade federal, registrar produtos e
substâncias para uso em pesquisa ou comercial, obedecendo a sérias regras de
segurança;
7 – Ao CFM, conforme previsto na Lei 12.842/2013, cabe o reconhecimento científico
de substâncias e procedimentos para utilização na prática médica;
8 - O atual debate no parlamento sobre a descriminalização/legalização das
“cannabis indica e sativa” para consumo “recreativo” desvia a atenção do povo
brasileiro do debate sobre temas cruciais como a insegurança, a falta de
investimentos em saúde, educação e infraestrutura;

CONCLUIR QUE

9 – Por todo exposto, se manifesta contrário à liberação para uso recreativo de
quaisquer substâncias que ofereçam riscos a saúde pública e gerar despesas futuras
para nosso combalido sistema de saúde e securitário.
Brasília, 6 de junho de 2014.


CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)

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