Prefeitura tem de
bancar internação de dependente.
O Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão do juiz Jorge
Canil, da 1ª Vara Judicial de Votuporanga, que determina que a Prefeitura pague
a internação de B.H.F.C, um jovem cuja idade não foi revelada. De acordo com o
processo, o pedido para o custeio da internação involuntária foi feita pela mãe
do rapaz, que afirma que o filho é usuário de crack há pelo menos cinco anos.
A prefeitura
entrou com recurso contra a decisão da 1ª Vara, mas o desembargador Reinaldo
Miluzzi manteve a decisão do juiz Jorge Canil. “Levando em consideração os
precedentes transcritos, era mesmo hipótese de procedência da ação, pelo que
fica mantida a bem lançada sentença recorrida. Ante o exposto, pelo meu voto,
nego provimento aos recursos”, consta na decisão do TJ.
Procurada
nesta quinta-feira, 22, pela reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura
informou que está recorrendo em instâncias superiores, mas que a “Secretaria de
Saúde irá acatar a decisão da Justiça”. Serviço Votuporanga conta há dois anos
com um Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps - AD), que atende
atualmente 366 usuários de álcool e de drogas.
“A maioria é
usuário de múltiplas substâncias, mas 80% têm o crack como a droga de
preferência”, disse o coordenador da rede de saúde mental de Votuporanga,
Reinaldo Antônio de Carvalho. O Caps - AD oferece uma gama de serviços
gratuitos para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) como acolhimentos,
atenção familiar, atendimentos com psicólogos, enfermeiros, médicos,
assistentes sociais e oficinas terapêuticas.
“Fazemos uma
média de oito acolhimentos por semana”, afirma o coordenador da rede de saúde
mental de Votuporanga. O Caps – AD.
Diário Web -
Luciano Moura
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