Clínicas de Tratamento
Dependência química:
tratamento profissional ou terreno para charlatães?
Violência, marginalidade, vício, tráfico. Estes são
estereótipos comumente associados ao usuário de substâncias psicoativas. Esta
visão distorcida se agrava quando reportagens sobre entidades que “tratam”
aqueles a quem os jornais se referem
como “viciados” são veiculadas. Agressões, choque elétrico, trabalho
forçado são manchetes convidativas para TV e companhia. O problema é que esta
situação, verdadeira em certos casos, não reflete a realidade do segmento como
um todo.
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que as drogas já
deixaram de ser marginais há muito tempo. Apesar de se insistir, por meio de
reportagens sensacionalistas, em associar drogas apenas com Cracolandia, hoje
elas também estão presentes nos lares do cidadão comum, do trabalhador honesto,
do homem ou mulher de bem.
E a hipótese de que as drogas entram na vida das pessoas por
meio de marginais, estranhos, traficantes, é puro mito, segundo especialistas.
“Geralmente quem oferece é quem está mais próximo, um colega de escola ou
trabalho, companheiro de ‘balada’ e, talvez, o melhor amigo”, diz a psicóloga
especialista em Dependência Química Cláudia de Oliveira Soares, diretora
terapêutica da Clínica Médica Especializada Viva. Ela também faz um alerta: “O
pai que bebe na frente dos filhos pode, sem saber, ser o introdutor da droga na
vida dessas crianças e jovens”, complementa.
Por outro lado, há mais drogas lícitas (cigarro e álcool),
prescritas sob orientação médica (antidepressivos, controladores de ansiedade e
inibidores do apetite) sendo consumidas e que causam dependência, que
propriamente as drogas ilícitas, como maconha, cocaína e crack.
A dependência química é uma doença, reconhecida pela
Organização Mundial de Saúde em sua Classificação Internacional de Doenças (CID
– 10). Está descrita entre os capítulos F-10 e F-19, que tratam de Transtornos
Mentais e Comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa.
“Por se tratar de assunto de saúde pública, a dependência
química necessita de profissionais qualificados, entre médicos, psiquiatras,
psicólogos; com programas terapêuticos definidos, para que sejam obtidos
resultados efetivos no tratamento da doença”, comenta Cláudia Soares.
A questão é que, por falta de fiscalização de órgãos
públicos competentes, o segmento de tratamento para dependentes químicos virou
terreno fértil para pessoas que, por falta de informação - às vezes até com
boas intenções -, ou simplesmente por oportunismo, enxergam uma oportunidade de
negócio facilmente rentável. E as famílias, no auge da questão “internar ou não
um parente” e sensíveis pela necessidade da decisão com urgência, acabam caindo
em verdadeiras ciladas.
Na contramão do oportunismo, há clínicas sérias, que
entendem a complexidade da doença, capacitadas e gabaritadas para o tratamento,
e que investem em pesquisa e conhecimento para compreender cada vez mais o que
é a dependência química. Tais instituições baseiam seu trabalho em estudos
aprofundados a cada dia, para se obterem resultados cada vez mais efetivos,
como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Estas clínicas atuam dentro da lei, respeitando normas
referentes ao tratamento, à questão sanitária, à segurança, e atendendo a
outras exigências legais. “Por isso aconselhamos as pessoas para que, antes de
internarem seus familiares em uma entidade que diz tratar a dependência
química, que verifiquem seus registros, conheçam o método de tratamento,
comprovem a idoneidade da equipe profissional e busquem informações sobre a
eficácia do tratamento”, finaliza Cláudia Soares.
Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Viva (www.ctviva.com.br)
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