“A MACONHA É
A MACONHA DOS INTELECTUAIS”.
Pois é… A direção da Universidade Federal de Santa Catarina
admitiu que o consumo de maconha no campus não é novidade. Dado o tumulto
promovido por vândalos disfarçados de estudantes, a Reitoria fez o quê? Ora,
preferiu atacar a Polícia Federal. Leiam o que vai na VEJA.com. Volto em
seguida.
Por Bianca Bibiano:
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) disse ao
site de VEJA nesta quarta-feira que o consumo de drogas no campus não é
novidade: “Trata-se de uma questão de conhecimento público”, disse a assessoria
de imprensa da instituição. A declaração foi feita um dia após ação da Polícia
Federal (PF) no campus para investigar denúncia de tráfico de drogas que acabou
com a prisão de cinco pessoas (sendo quatro estudantes), choque entre policiais
e supostos estudantes e a depredação de viaturas da PF e da Polícia Militar. Os
detidos portavam maconha. Após o confronto, cerca de 200 estudantes invadiram a
reitoria pedindo a proibição da entrada da polícia no campus.
A PF comentou o caso nesta quarta-feira. Em entrevista
coletiva, o delegado Paulo Cassiano Júnior criticou a posição da reitoria, que
na noite da terça-feira condenou a ação dos agentes federais. “A PF não tem
compromisso com a falta de pulso da reitoria em gerir os assuntos da
universidade. (…) Autonomia universitária não deve ser confundida com licença
para baderna. Nós não temos compromisso se a reitora com seu comportamento
condescendente pretende transformar a universidade em uma república de
maconheiros”, declarou, em entrevista transmitida pela TV.
O texto da universidade divulgado na noite da terça-feira,
assinado pela reitora Roselane Neckel, dizia o seguinte: “Em todos os contatos
com a Polícia Federal sempre foi solicitado que quaisquer ações de repressão
violenta ao tráfico de drogas fossem realizadas fora das áreas da
universidade.”
Na tarde desta quarta-feira, membros da reitoria, estudantes
e funcionários vão se reunir para discutir o caso, além de negociar a
desocupação da reitoria. Os estudantes pedem a legalização de festas no campus,
a proibição da entrada da PMs no campus e punição aos responsáveis pela ação da
terça-feira. O episódio ocorre em meio à greve de servidores da universidade,
iniciada no dia 17, com a paralisação geral dos técnicos-administrativos das
instituições federais de ensino. O encerramento da greve também está na pauta
de reunião desta tarde.
Retomo
Como se nota, a doutora que comanda a UFSC acha que reprimir
o tráfico dentro da UFSC é coisa incompatível com as atividades acadêmicas da
instituição, donde se conclui haver compatibilidade entre a produção intelectual
e o tráfico! Em qualquer país decente do mundo, seria demitida. Por aqui, vai
virar heroína — Ooops!
O grande Raymond Aron afirmou que o marxismo era o ópio dos
intelectuais. Carlos Graieb, editor-executivo da VEJA.com, submeteu a frase a
uma leitura, digamos, à moda Monty Python: “A MACONHA É A MACONHA DOS
INTELECTUAIS”.
Nas moscas!
Por Reinaldo Azevedo
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