PROGRAMA RECOMEÇO LEVA ATENDIMENTO A FAMILIARES DE DEPENDENTES QUÍMICOS
À PERIFERIA.
O governador Geraldo
Alckmin esteve (01/02) no primeiro dia da capacitação de psicólogos e
conselheiros que atuarão no “Recomeço Família”, ação do Programa Recomeço que
leva assistência a familiares de dependentes químicos à periferia de São Paulo
e de outros municípios. O atendimento começará na quinta-feira (06.02), nos 11
postos do Centro de Integração da Cidadania (CIC), programa da Secretaria da Justiça
e da Defesa da Cidadania e no Centro de Referência de Álcool Tabaco e outras
Drogas (Cratod).
“O trabalho junto com
a família de dependentes químicos tem bons resultados”, ponderou o governador.
“O CIC, junto com a Saúde e com a organização não governamental Amor Exigente
tem um trabalho bonito pela frente, porém difícil, porque a dependência química
é uma doença crônica e recidivante. A família também adoece e acaba envolvida
com o problema”.
Na ação “Recomeço
Família”, cada um dos 11 postos do Centro de Integração da Cidadania e o Cratod
receberá dois profissionais capacitados, um psicólogo e um conselheiro,
contratados pela Secretaria de Saúde, e ainda um voluntário do grupo Amor
Exigente. O atendimento às famílias estará disponível de terça a sexta-feira,
das 14h às 20h, e aos sábados das 8h às 14h.
Além da presença do
governador, os novos integrantes do Programa Recomeço contaram com
apresentações de representantes da Secretaria da Saúde, com informações
técnicas sobre o novo trabalho que exercerão, do CIC, da Coordenação de
Políticas sobre Drogas, programa também da Secretaria da Justiça, e dos
voluntários do Amor Exigente.
“As famílias precisam
de ajuda, apoio e qualidade de vida. O familiar não dorme, não come, não vive”,
explicou Regina Tortorelli, parente de dependente químico e voluntária do Amor
Exigente. “A família se desestrutura com o problema da drogadição, por isso
vocês vão enfrentar inicialmente uma barra. Pais e mães são tão doentes quanto
o dependente químico”.
Um dos objetivos da
ação “Recomeço Família” nos CICs é a aproximação do ambiente de atendimento às
famílias com suas casas, localizadas, algumas vezes, em regiões afastadas da
capital. “Nas cracolândias, encontramos pessoas bastante vulneráveis, carentes
de todo tipo de atenção, como saúde, educacional e familiar, muitas vieram de
regiões afastadas”, exemplificou o coordenador de Políticas sobre Drogas, da
Secretaria da Justiça, Mário Sérgio Sobrinho. “É para essas regiões que vocês
vão, onde, geralmente, um número expressivo de pessoas se desvencilha da
família”.
O fortalecimento de
familiares de dependentes químicos contribui de forma essencial ao tratamento.
“Pensamos que colocar nos CICs pessoas com visão social, psicológica e
comunitária, que focassem exatamente a drogadição, seria uma boa alternativa
para dar estrutura, informação e meios para as famílias se posicionarem melhor
em relação à dependência química”, explicou o coordenador para os participantes
da capacitação. “Com o trabalho de vocês, muitos dependentes químicos serão
assistidos por meio das famílias, que serão fortalecidas, e estarão juntos
deles”.
Para Sobrinho, a
finalidade do Recomeço Família vai além de um trabalho remunerado. “É uma
atividade de contribuição para que haja encaminhamentos necessários na questão
da dependência química, não é algo fácil, envolve a vida do paciente e exige
esforço”. Geraldo Alckmin endossou o incentivo. “Vocês vão ajudar muita gente e
muitas famílias que adoecem, poderão mudar muitas vidas para melhor”.
O “Recomeço Família”,
que trabalha junto com a família, é mais uma ação do Programa Recomeço, lançado
pelo Governo do Estado de São Paulo, em maio de 2013. O programa tem longa
duração e depende das peculiaridades de cada caso. Primeiramente, a pessoa
passa por avaliação médica para diagnosticar seu estado de saúde. Em alguns
casos, existe a necessidade de internação para tratar de comorbidades.
Criado em 2013, o
Plantão Judiciário no Cratod, que integra órgãos de Justiça com a Saúde,
proporciona agilidade nos encaminhamentos médicos e de internações, quando
necessários. A atuação dos advogados da OAB-SP, defensores públicos, promotores
de Justiça e juízes tem auxiliado famílias e pessoas que procuram ajuda.
O tempo de internação
em hospitais e clínicas conveniados com o Estado varia de 15 dias a três meses.
Após alta médica, o dependente químico pode ser encaminhado para abrigos e
compor a Frente de Trabalho, idealizada no Recomeço para reinserção social e no
mercado de trabalho.
A pessoa também pode
ser encaminhada a uma das comunidades terapêuticas conveniadas no programa por
meio das Secretarias de Justiça e Defesa da Cidadania, Saúde e Assistência
Social. Nesta etapa, o Governo do Estado paga até R$ 1.350 por mês para a
entidade acolher o dependente químico durante até seis meses prorrogáveis.
“O paciente pode
ficar até seis meses para fazer um novo plano de vida, arrumar um emprego e se
qualificar profissionalmente”, ressaltou o governador de São Paulo, ao citar a
etapa do programa em que também se inicia a reinserção social e entrada na
Frente de Trabalho.
Fabiana Campos
Assessora de Comunicação
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Governo do Estado de São Paulo
Assessora de Comunicação
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Governo do Estado de São Paulo
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