quinta-feira, 21 de novembro de 2013



NOVAS DROGAS COMEÇAM A SURGIR ENTRE OS DEPENDENTES QUÍMICOS.

Portal de Paulínia
Novas drogas começaram a surgir entre os dependentes químicos nos últimos tempos, como é o caso do krokodil, metadona, PMA (parametoxianfetamina), oxi  (variante da cocaína) e a metanfetamina. 
 Algumas delas, feitas caseiramente, são extremamente perigosas, pois além de deixar sequelas graves no corpo, podem levar à morte em pouco tempo. Veja o que é cada uma e quais consequências elas trazem ao organismo:

Krokodil: Popular na Rússia e três vezes mais barata que a heroína, o krokodil, é uma desomorfina (versão caseira da morfina) que pode ser fabricada a partir de uma mistura de codeína, gasolina, óleo de fritura, diluentes de tintas, ácido clorídrico, iodo e fósforo. Esses "multicontaminantes" podem causar o apodrecimento de todos os músculos. O dependente dessa droga fica com aparência de um crocodilo, pois a pele fica esverdeada, descamada e enrugada.

Além de apodrecer os músculos, a droga injetável também provoca ferimentos e cicatrizes por todo o corpo, já que causa a necrose da pele — morte da célula ou parte do tecido que compõe o organismo vivo. O uso do krokodil vem se espalhando pela Rússia e também pelos Estados Unidos como um vírus entre os jovens. Além de problemas musculares, viciados em krokodil podem desenvolver problemas cerebrais e, até mesmo, perder a fala. Algumas pessoas chegam a morrer na primeira aplicação da droga. Existe tratamento para as sequelas da droga. As cirurgias plásticas podem reparar as cicatrizes, além de interromper a progressão droga no organismo.

Metadona: A metadona é uma droga do grupo dos opióides que pode ser utilizada no tratamento de dependentes da heroína e de outros derivados do ópio. Com as mesmas propriedades que a morfina, ela traz a sensação de prazer e bem-estar mais leves, o que ajuda a vencer a dependência psicológica. Apesar de também causar dependência, a metadona não provoca sequelas graves iguais ao krokodil, por ter efeitos menos intensos. No entanto, seu uso exagerado pode causar a morte do dependente.

PMA: A PMA (parametoxianfetamina) é uma droga sintética do grupo das anfetaminas e também é perigosa como o krokodil. No primeiro momento, a droga traz as sensações de prazer, bem-estar e agilidade no raciocínio. Porém, seu uso contínuo pode trazer efeitos colaterais graves. A pessoa pode sofrer derrame cerebral, infarto do miocárdio, arritmia cardíaca e morte súbita.

Oxi: Conhecido como “oxi ou óxido”, a droga, altamente agressiva, é uma mistura de cocaína com querosene, gasolina e cal virgem. Quando usada, ela causa os mesmos efeitos que o crack, como a falta de apetite, magreza e fraqueza nos ossos e no corpo. Além dessas, o oxi também provoca problemas pulmonares por causa da inutilização do querosene.

Metanfetamina: Outra substância bastante perigosa é a metanfetamina. Derivada da anfetamina, a droga possui efeitos semelhantes ao da cocaína. Ambas estimulam o sistema nervoso, deixando o usuário irritado com insônia e falta de apetite. A droga também possui propriedade euforizante que eleva os níveis das substâncias dopamina, noradrenalina e a serotonina, neurotransmissores do comportamento presentes em nosso cérebro. A droga causa euforia, deixando a pessoa em estado de alerta; aumenta a sensação da autoestima e da sexualidade, além de diminuir o cansaço.

Por ser uma substância extremamente forte, a metanfetamina leva a pessoa a ter problemas cardíacos, como pressão alta, AVC (acidente vascular cerebral) e até pode morrer de parada cardiorrespiratória. Além dos problemas físicos, a droga também pode provocar transtornos psiquiátricos, já que a pessoa pode sofrer alucinações, se tornar violenta, agressiva e ter a sensação de que está sendo perseguida. Outro fator que deve ser destacado é que a substância pode causar ‘deformações’ no rosto e no corpo, pois deteriora o organismo, resseca a pele, causa queda de cabelo e perda excessiva de peso .

O tratamento para reverter o quadro de dependentes químicos é à base de medicamentos e psicoterapia, junto com o apoio da família. No caso da metanfetamina, os cuidados são mais difíceis e prolongados, além de exigir um auxílio psiquiátrico. É comum as pessoas viciadas sofrerem síndrome de abstinência e terem recaídas.

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