RELATÓRIO DE
AUDITORIA OPERACIONAL
Sistema Nacional de
Políticas sobre Drogas
Funad - SISNAD
Deficiências na estrutura física, de recursos humanos
e de capacitação dos Caps.
- A rede Caps, em alguns aspectos, não está estruturada de forma
adequada para tratar de pacientes dependentes de substâncias psicoativas,
segundo os critérios previstos na Portaria GM/MS 336/2002 e na Portaria SAS/MS
189/2002. O número de médicos para atendimento da demanda é considerado
insuficiente. Profissionais que atuam nos Caps não possuem a devida capacitação
para prestação de serviço. Ademais os equipamentos apresentam estrutura
inadequada para algumas atividades previstas.
- O Plano Emergencial de
Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e outras Drogas no SUS estab elece como diretriz o
direito ao tratamento de qualidade, ofertado pela rede de serviços do SUS, a todo
dependente de álcool e outras drogas. Os Caps, atualmente, são os principais
dispositivos de saúde para prestar serviço a esses pacientes.
- Em relação ao vínculo empregatício dos profissionais atuantes no
Caps, a pesquisa realizada com esses equipamentos revelou que, tanto nos Caps
AD quanto nos caps geral, cerca de 45% são servidores públicos, municipais ou estaduais,
enquanto o restante possui contrato temporário ou outro vínculo. Considerando
as respostas dos gestores de ambos os centros, 65% deles considera bom/ótimo
esse vínculo.
- Em função da fragilidade da relação empregatícia que os Caps
apresentam, devido aos vínculos serem em sua maioria contratos temporários, há considerável
rotatividade dos profissionais dos Caps, conforme relatos com gestores desses
equipamentos
durante a fase de execução. Em alguns casos, não há reposição de
profissional ou ela é demorada.
- Ainda na pesquisa, foi
questionado aos responsáveis pelos Caps quanto à suficiência dos profissionais envolvidos
nas atividades e suas cargas horárias. Observa-se que a quantidade de
profissionais médicos é insuficiente para atender a demanda, haja vista que 47%
e 54% Caps AD e Caps geral, respectivamente, consideram péssimo/ruim/regular a
suficiência de psiquiatras, e 51% e 55% a de clínicos.
- Especialistas consultados pela equipe de auditoria consideram
ruim/regular a suficiência de recursos humanos nos Caps AD de seus municípios, o que pode prejudicar
o oferecimento do serviço ao público previsto.
- Apesar da promoção de cursos pela Senad, a
pesquisa realizada com os gestores revelou que, para o Caps geral que afirmou realizar tratamento e para o Caps
AD, 47% e 25% deles, respectivamente, mencionaram não ter nenhum profissional
de seu dispositivo capacitado em curso oferecido pela Senad.
Relatório completo no site: www.tcu.gov.br
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