ENTENDA
POR QUE A MACONHA SINTÉTICA É TÃO PERIGOSA.
A maconha sintética, também
chamada de K2 ou Spice, tem ganhado popularidade no Brasil e fora do país. Nos
Estados Unidos, por exemplo, seu uso é bastante comum entre adolescentes e
militares, já que a estrutura química da droga não é identificada em testes
padrão para detectar o uso de maconha.
Mas relatos de médicos e
estudos científicos têm chamado atenção para os perigos dessa versão produzida
em laboratórios de fundo de quintal. Um trabalho que acaba de ser publicado
pela Universidade de Arkansas aponta efeitos graves como convulsões, psicose,
dependência, AVC, lesões renais, problemas cardíacos e morte.
O principal composto
psicoativo da maconha, o THC, é conhecido por ativar dois receptores
canabinoides, o CB1 e CB2, que estão espalhados pelo corpo humano. Os
pesquisadores descobriram que a versão sintética ativa o primeiro receptor numa
intensidade que a erva jamais seria capaz de alcançar. Além disso, ele dizem
que, por ser quimicamente diferente do THC, a maconha sintética ativaria outros
receptores, além do CB1 e CB2, o que explicaria os efeitos potencialmente
fatais.
Em artigo publicado no
periódico Trends in Pharmacological Sciences, os pesquisadores alertam que os
usuários nunca sabem o que vão consumir, pois a quantidade de composto ativo
varia muito não só entre os laboratórios, como também de lote para lote. Eles
ainda observam que as pessoas, hoje, tendem a ver tudo o que é rotulado como
maconha como mais seguro, o que não é verdade, especialmente no caso das drogas
sintéticas.
Blog - UOL - Dr. Jairo
Bouer
Fonte: Departamento de
Justiça dos EUA
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