Justiça determina que Estado e Município de BH façam exames em
dependente químico.
Jornal O Estado de Minas.
A irmã do homem entrou com o pedido para a internação
compulsória dele
O Estado de Minas Gerais e o município de Belo Horizonte
terão de providenciar exames em um dependente químico para avaliar qual o
melhor tratamento para ele. Essa é a decisão da Lílian Maciel Santos, da 2ª
Vara de Fazenda Pública Estadual, que acatou o pedido da irmão do homem que
também sofre de transtornos mentais. A decisão cabe recurso.
A mulher entrou com um pedido na Justiça solicitando a
internação compulsória do irmão em uma clínica especializada no combate à
dependência química. Segundo ela, homem apresenta quadro clínico compatível com
transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas.
A situação tem provocado nele a perda progressiva do
controle de sua vontade própria, prejudicando o discernimento para a prática
dos atos da vida civil. Ao analisar o processo, a juíza afirmou que a concessão
de medicamentos e/ou tratamentos não padronizados pelo poder público depende de
análise concreta e minuciosa do julgador, que deve levar em conta todos os
argumentos favoráveis e contrários aos direitos sociais.
A magistrada observou que os relatórios médicos juntados ao
processo não evidenciam qual o tratamento mais adequado ao caso. “A dependência
química deixou de ser apenas um problema de saúde pública, mas tornou-se um
problema de cunho social, devendo ser combatida com a mesma seriedade em todos
os aspectos e níveis sociais”, destacou.Sendo assim, a juíza determinou a
realização dos exames para apurar o tratamento adequado para o rapaz.
Realizados os procedimentos, os entes públicos deverão apresentar relatórios
médicos detalhados e circunstanciados, apontando quais medidas terapêuticas
estão sendo adotadas. Essa decisão ainda cabe recurso.
(Com informações do TJMG)
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