FOLHA, NÃO DÁ PRA
LER.
“É preciso tomar muito cuidado com a informação no
jornal que você recebe”, alertava uma das campanhas mais duradouras e
premiadas da Folha de S.Paulo. Ah, a Folha de Claudio
Abramo, fez história.E hoje,o que se tornou a Folha? Do jornal que fazia políticos
tremerem, hoje vem sendo sinônimo do jornal que defende a droga. A droga que
destroi famílias, a droga que vicia, a droga que tira leitores.
Mas a Folha de S.Paulo, a cada dia se aprimora, faz malabarismos
para inventar reportagens assinadas por jovens repórteres ouvindo todos que
defendem a droga. É impressionante! Maconha é o prato principal. Dia sim, dia
não, lá estão os repórteres da Folha vasculhando até acharem qualquer notícia
que justifique falar sobre a maconha. Agora, a queridinha da casa é o crack.
Tem gente na Folha que inventa até código de conduta para craqueiro
para chamada na primeira página. Ah, tem também professor que fuma
maconha lá nos Estados Unidos merecendo entrevi sta de página inteira e,
evidentemente, com chamada de destaque na primeira página.
”Maconha poderá ser tão importante como a penicilina”-
PODERÁ – VERBO DE MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA----nas palavras do mago dos
sonhos da Folha, que concede à Organização Mundial da Saúde, algumas
linhas para não tirar o brilho do mestre dos sonhos da redação. Além de
esquecer, ou melhor ignorar os titulares de psiquiatria das duas maiores
universidades brasileiras-Valentim Gentil e Ronaldo Laranjeira que lutam por
espaço para falar sobre a verdade da maconha que já faz inúmeros esquizofrenicos
no país. Mas a Folha prefere a verdade do ame ricano que fuma maconha. E
nesta segunda-feira, a Folha bateu recorde: a garotada tava solta na redação,
no final de semana, hein? Logo na primeira página, o americano que fuma
maconha;na segunda página, um ilustre desconhecido chamando crack de
“cigarrinho para relaxar” e elogiando às medidas pró-cracolândia do
prefeito Haddad . Um tapa na cara dos leitores da Folha. E , como se não
bastasse , na terceira página, lá estava bem no alto, um professor
de Campinas com meia página para defender, lógico , a liberação da
maconha.Outro tapa . Sem trocadilho.
O que a direção da Folha está esquecendo é que jornal entra na
casa das pessoas. E logo de manhã quando a família está reunida no café da manhã
Quem assina está comprando um produto que foi anunciado como “o jornal que traz
todas as versões do mesmo fato” Brincadeira, né? Quando o assunto é
droga,os jovens editores ignoram consequências para o corpo, para a
mente, para os estudos, para o futuro e eliminam das matérias estas
informações fundamentais em tempos de epidemia no país causada pelo uso de
drogas. Família de usuário, então, é tema que nem passa pela cabeça
dos jovens editores. Família, pra quê?, devem contestar em suas s
reuniões de pauta.
Louvável na Folha a escolha dos articulistas. Louvável na Folha
as denúncias em política. Só isso!Que pena! Aliás, parece ironia, mas a Folha
de S.Paulo é , entre os jornais, o que menos retrata a cidade. Falar dos
problemas dos bairros? Muito pobre. O chic é a globalização.
Sempre torcemos por um jornal de qualidade que representasse São
Paulo. Que pena que estamos perdendo a Folha. Ah, Claudio Abramo, que
saudade !”
Miguel Tortorelli,
coordenador da Federação do Amor Exigente, representando três mil pessoas em
São Paulo.
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