terça-feira, 12 de março de 2013

 


Aposta no trabalho conjunto para combater à dependência química.

 

 Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania / Coordenação de Políticas sobre Drogas (Coed) Mário Sérgio Sobrinho, que acaba de assumir o comando da Coordenação de Políticas sobre Drogas (Coed), da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania, tem uma certeza sobre o papel que qualquer projeto de combate ao drama da dependência química deva ter: é fundamental a participação da comunidade para aumentar as chances de sucesso.

Esse espírito, que o promotor de Justiça pretende trazer para o seu dia a dia na Secretaria, foi cultivado com a experiência adquirida, ao longo de dez anos, com a participação dele na implantação do Programa de Justiça Terapêutica na Promotoria de Justiça, no Fórum Criminal de Santana, na zona norte da cidade de São Paulo, em 2003.
“Juízes, promotores, advogados, grupos de auto-ajuda e membros da comunidade atenderam, nesse período de dez anos, mais de 1,3 mil pessoas que receberam punições que, além do pagamento de multa e prestação de serviços comunitários para crimes como porte de pequenas quantidades de droga ou embriaguez ao volante, tiveram que freqüentar reuniões terapêuticas”, explica Sobrinho. Essa mudança, introduzida com a prática da Justiça Terapêutica, surgiu da observação de que multas eram insuficientes até porque, em muitos casos, as famílias é que pagavam a conta.
Sobrinho acrescenta ainda que “os promotores de Justiça, juízes e advogados, freqüentemente, concordavam que a multa ou a prestação de serviços deveria ser substituída pela freqüência a reuniões terapêuticas em grupos de auto-ajuda ou atendimento terapêutico especializado, porque essas medidas contribuíam para o bem estar dos envolvidos e seus familiares, especialmente porque elas poderiam ser aplicadas consensualmente, isto é, mediante aceitação do infrator”.

A aposta na ampliação do que se convencionou chamar de Justiça Terapêutica, hoje ainda restrita a poucas comarcas no país, é, para o novo coordenador da Coed, um benefício para a sociedade. “A ampliação de ações como as praticadas pela Justiça Terapêutica podem vir a auxiliar indivíduos a não aprofundarem o envolvimento deles com a droga”, considera ele.
Pai de três filhos, que começou sua carreira na Polícia Militar até entrar para o Ministério Público Estadual em 1989, Sobrinho é doutor pela Universidade de São Paulo e, em 2010, integrou o Programa Hubert H. Humphrey, da Comissão Fulbright, nos Estados Unidos. Viveu um ano em Virginia (EUA) dedicando-se aos estudos sobre os abusos de substâncias. “Já conhecia o trabalho da Coed e acredito que minha experiência na área de abusos de substâncias químicas, pode ajudar a avançar esse trabalho de parcerias no combate às drogas”.
Marili Ribeiro -  Coordenadora de Comunicação Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
 

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